Aumenta a atividade sísmica do vulcão Nevado del Ruiz, na Colômbia
A atividade sísmica do Nevado del Ruiz, na Colômbia, começou a aumentar desde domingo (24), informou o Serviço Geológico do país em boletim extraordinário.
O serviço explicou que os sismos são registados entre os 3 km e os 4 km de profundidade e com magnitude máxima de 2,5.
“Embora o aumento do número de terremotos tenha sido baixo, alguns deles foram relatados como sentidos pelos habitantes dos setores de La Cabaña e do cânion do rio Lagunilla, no departamento de Tolima”, explica o boletim.
Por outro lado, explicou que existe atividade sísmica associada à lava localizada no fundo da cratera. Este tipo de atividade se intensificou na noite de domingo e durou até à manhã de segunda-feira (25), “apresentando um aumento do seu nível de energia, principalmente entre as 4h50 e 5h50. Os sismos foram de nível de energia baixo a moderado e estiveram relacionados tanto com a fraturação de rochas e dinâmica de fluidos”, diz o relatório.
Ainda assim, o Serviço Geológico esclareceu que se mantém o estado de alerta amarelo, que significa “vulcão ativo com alterações no comportamento do nível base dos parâmetros monitorizados e outras manifestações”.
No entanto, recomendou que as populações próximas estejam atentas às atualizações porque a qualquer momento a atividade pode aumentar ainda mais e fazer com que o alerta passe para laranja ou vermelho.
Em abril deste ano, as autoridades de gestão de risco recomendaram a evacuação imediata de 28 comunidades próximas do vulcão devido à atividade que registou. Naquela altura, foi avisado que em caso de erupção “só teria um tempo de evacuação de aproximadamente menos de uma hora”. Naquela época, o alerta era laranja. Além disso, dias antes, havia sido relatada queda de cinzas em dois municípios.
Localizado na fronteira entre os departamentos de Caldas e Tolima, o Nevado del Ruiz tornou-se famoso no mundo em 13 de novembro de 1985, quando entrou em erupção e afetou a cidade de Armero.
Na ocasião, o vulcão liberou rios de material vulcânico e lama que devastaram tudo em seu caminho. O Governo da Colômbia estimou naquela época que a tragédia deixou quase 25 mil mortos.