Terremoto na Ásia: número de mortos chega a 1,7 mil em Mianmar; Tailândia busca soterrados
Desastre natural de magnitude 7,7 atinge Mianmar e Tailândia, deixando milhares de vítimas e destruindo infraestruturas

O número de mortos pelo terremoto de magnitude 7,7 em Mianmar subiu para 1,7 mil, de acordo com informações divulgadas neste domingo (30) pelo governo militar do país. Além disso, há mais de 3,4 mil feridos e cerca de 300 desaparecidos.
Situação crítica em Mianmar
Os hospitais estão sobrecarregados, especialmente nas regiões central e noroeste, incluindo as cidades de Mandalay e Naypyitaw. A chegada de equipes de ajuda internacional é dificultada pela destruição de infraestruturas, como pontes, rodovias e ferrovias.
O chefe da junta militar, general sênior Min Aung Hlaing, alertou que o número de vítimas pode aumentar e que a situação é desafiadora, mesmo após o raro pedido de ajuda internacional feito por ele. Países vizinhos, como Índia, China e Tailândia, já enviaram equipes e suprimentos.
Impactos e dificuldades no resgate
Em algumas áreas próximas ao epicentro, como Sagaing, moradores relatam falta de assistência governamental, enfrentando dificuldades para obter água potável e assistência médica. Imagens de satélite mostram que uma ponte importante que liga Sagaing a Mandalay desabou, prejudicando ainda mais os esforços de resgate.
A Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho destacou que as necessidades humanitáriascrescem a cada hora e que a destruição foi extensa.
Tragédia também na Tailândia
Na Tailândia, o terremoto causou o desabamento de um arranha-céu em construção na capital Bangkok, matando 18 pessoas. Pelo menos 76 trabalhadores ainda estão presos sob os escombros. Equipes de resgate utilizam drones e cães farejadores para localizar sobreviventes, mas enfrentam dificuldades devido à estrutura instável do prédio.
O comandante da polícia tailandesa, Teerasak Thongmo, afirmou que as equipes estão correndo contra o tempo para encontrar sobreviventes dentro das primeiras 72 horas após o desastre.
Ajuda humanitária e desafios
Equipes de resgate de Rússia, Índia, China, Tailândia e Singapura foram enviadas a Mandalay para ajudar na busca por sobreviventes. No entanto, o acesso às áreas atingidas ainda é precário devido aos danos na infraestrutura.
Tensão e desespero
Enquanto o governo militar enfrenta críticas pela lentidão nas respostas, a população tenta lidar com o sofrimento. Em Bangkok, familiares aguardam notícias dos trabalhadores soterrados, enquanto em Mianmar, comunidades inteiras se mobilizam com os poucos recursos disponíveis.
O Serviço Geológico dos EUA estimou que o número de mortos pode ultrapassar 10 mil e que as perdas econômicaspodem exceder o produto anual de Mianmar.