Polícia

Chefe é preso em Canoas por torturar funcionário por mais de oito horas

Crime foi motivado por "absoluto sadismo", segundo a Polícia Civil. Vítima sofreu agressões extremas e conseguiu fugir após cortar correntes com um alicate.

Um homem de 42 anos foi preso temporariamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, acusado de torturar um funcionário por mais de oito horas. A Polícia Civil afirma que o crime foi motivado por “absoluto sadismo” e não por um suposto furto, como inicialmente cogitado.

Agressões extremas e fuga

A vítima, um homem de 49 anos que trabalhava há cerca de seis meses em um ferro-velho no bairro Scharlau, foi imobilizada ao chegar para trabalhar no dia 22 de março. Segundo o delegado Marco Guns, o chefe utilizou diversos métodos de tortura:

  • Choques elétricos;

  • Queimaduras com água fervente;

  • Queimadura no cabelo com maçarico;

  • Perfurações nos joelhos com furadeira;

  • Obrigação de decepar parte do dedo com um alicate.

As agressões teriam sido presenciadas pela namorada e pela mãe do agressor, que não intervieram. A vítima conseguiu escapar após usar um alicate para cortar as correntes. Ele procurou ajuda médica e, posteriormente, a Polícia Civil iniciou as investigações.

Prisão temporária e novas suspeitas

O suspeito, identificado como Ricardo Sodré Fernandes da Silva pelo portal GZH, foi preso temporariamente e permaneceu em silêncio. A prisão temporária tem prazo de 30 dias, mas a polícia estuda pedir a conversão para prisão preventiva.

A polícia também solicitou a quebra de sigilo telefônico do suspeito, pois há indícios de que a tortura tenha sido registrada em vídeo. O delegado não descarta a possibilidade de que outras pessoas também tenham sido vítimas do agressor.

Namorada e mãe sob investigação

A namorada de Ricardo está sendo investigada como suspeita, enquanto a mãe é tratada como testemunha, já que a legislação brasileira não permite que ela incrimine o filho. No entanto, caso se confirme participação ativa na tortura, ela também poderá ser responsabilizada.

O caso segue sob investigação pela Polícia Civil de Canoas.

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