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Desaparecimento de Jacir Potrich completa três anos neste sábado

Família ainda busca por respostas para o mistério que abalou a população

Uma angústia que já dura três anos. A família do gerente bancário Jacir Potrich, de Anta Gorda, que desapareceu em 13 de novembro de 2018, ainda tenta entender o que aconteceu e ainda espera por respostas. O caso mobilizou a região, Estado e País, e mesmo com a forte atuação da Polícia Civil, do Ministério Público e do Judiciário para desvendar o mistério, até o momento, nada foi esclarecido.

Relembre o caso

Notícia publicada na edição semanal Jornal Força do Vale do dia 16 de novembro de 2018 acerca do caso de desaparecimento de Jacir Potrich. Foto: Acervo JFV

Gerente da agência Sicredi Região dos Vales – Anta Gorda, Jacir Potrich, com 55 anos na época, desapareceu na noite de 13 de novembro de 2018.

Ele havia retornado de uma pescaria e limpou os peixes na parte dos fundos da casa, mas não terminou de arrumar a área. A chave da casa e o celular de Potrich também sumiram, o carro ficou estacionado na garagem.

As câmeras de segurança do condomínio onde residia registraram o gerente chegando da pescaria, porém não mostraram qualquer saída dele.

Quem percebeu o sumiço do gerente foi um sobrinho que morava na mesma casa que o gerente e a esposa, Adriane Potrich. Assim que chegou na residência, por volta das 20h30min do dia 13 de novembro de 2018, viu que o tio não estava e entrou em contato a mulher do gerente, que estava em Passo Fundo, na casa do filho do casal, Vinicius. Adriane disse que ele deveria estar pescando, já que era uma prática comum de Potrich. Contudo, na manhã seguinte Potrich ainda não havia retornado.

A família chegou a oferecer até uma recompensa de R$ 50 mil para uma informação concreta sobre o paradeiro do gerente, mas não obteve êxito.

O caso mobilizou as unidades da Polícia Civil, Brigada Militar, BOE, Bombeiros e um helicóptero da polícia que realizaram as buscas nas proximidades da residência, na área urbana da cidade. As buscas inicialmente foram concentradas em um açude da região, que inclusive, foi esvaziado. Mas no local a polícia não encontrou nenhuma pista de Potrich. Cães farejadores também auxiliaram na procura, que no decorrer dos dias se estendeu por diversos locais.

Um vizinho de Potrich foi apontado como o principal suspeito pelo desaparecimento após imagens mostrarem o suspeito mexendo nas câmeras de segurança do condomínio onde ambos moravam, e caminhando sobre o telhado de sua casa. A acusação entendia que ele teria alterado os equipamentos para não ser flagrado transportando o corpo. Ele afirmou, no entanto, que estava limpando as câmeras. O crime, ao entender da polícia, teria sido cometido em razão de uma desavença entre os dois.

Após uma série de acusações/denúncias e investigações, no mês de maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a decisão de encerrar a ação contra o principal suspeito pelo sumiço de Potrich, o qual, chegou a ser preso em duas ocasiões. De acordo com a decisão do STJ, não haviam provas suficientes para que o processo fosse mantido contra o acusado. Agora, a Polícia Civil e o Ministério Público aguardam novas provas para reabrir o caso e as investigações.

Adriane, esposa de Potrich, afirma que seu principal desejo é que o caso tenha um desfecho. “Queremos poder dar um enterro digno para o Jacir, pois ele merece, e tudo o que eu puder fazer para que ele seja lembrado e para que possamos ter um desfecho dentro da lei, eu vou fazer. Eu acredito na justiça dos homens, mas desde que tenha a colaboração dos homens. Falo isso em forma de apelo, para que se alguém, em algum momento, lembrar de algum detalhe que possa auxiliar na investigação, para que não fique com medo. Se não tiver coragem de chegar até nós da família, que conte para as autoridades policiais”, pede.

“Também creio na justiça divina. Acredito que aquilo que se faz aqui, aqui se paga. Penso que em algum momento, a consciência de quem fez isso com o Jacir, vai pesar, vai falar mais alto e vai se abrir para contar a verdade. Se a pessoa ou as pessoas que fizeram isso com meu esposo forem presas ou não, para mim não vai mudar nada porque ele não vai voltar. Eu só gostaria de saber o que de fato aconteceu, localizar o corpo e dar a ele o destino correto. Nós somos cristãos e gostaríamos de prestar essa homenagem final a ele”, enfatizou ao encerrar: “Hoje, após três anos, eu estou com certeza mais fortalecida, com meus pensamentos no lugar e confiante de que um dia a verdade vai aparecer”, pontuou.

Agro Dália

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