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Polícia

Em áudio obtido pela polícia, traficante ordena compra de picanha para presos no RS: ‘para eles fazerem uma brasinha no final de semana’

Prova foi obtida durante investigação contra associações criminosas em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A Polícia Civil prendeu, durante uma operação na manhã desta quinta-feira (5), 15 pessoas suspeitas de envolvimento em 11 homicídios cometidos entre setembro de 2020 e abril de 2022 em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre. São cumpridos 39 mandados de prisão 58 mandados de busca e apreensão.

De acordo com o delegado Edimar Machado, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Alvorada, as mortes foram resultado de conflitos entre associações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas.

Durante a investigação, a polícia obteve provas que sustentam a suspeita. Entre essas provas estão áudios. Um deles é de um traficante que ordena, de dentro da prisão, a compra de carne para os detentos “depois da missão”, fazendo referência, possivelmente, a uma ordem para cometer algum crime (ouça acima).

“Eu não sei quanto que tá a picanha lá dentro. Não sei quantos deles têm lá. Mas, qualquer coisa, manda um PIX que eu mando um PIX de R$ 500 para eles fazerem uma brasinha no final de semana. Eu tô ligado. Não sei se R$ 500 dá para comprar umas picanhas para eles comerem. Depois da missão certa ali, vamos ver essa refeição aí. Tem que ser picanha”, diz o áudio

As associações criminosas foram descobertas pela polícia depois da prisão de um suspeito em abril de 2022. Ele seria responsável pela logística de fracionamento, armazenamento e distribuição de drogas em Alvorada.

“A partir dessa prisão, foi possível identificar outros criminosos pertencentes à associação criminosa, dentre elas, as duas principais lideranças da facção na cidade e que controla 90% do tráfico de drogas. Foi concretamente identificada a relação dos criminosos com crimes contra a vida que permeavam as operações”, diz o delegado Machado.

Segundo o delegado Machado, os líderes das associações criminosas estão presos, mas, apesar disso, ordenavam homicídios de adversários, de devedores, e até mesmo de aliados que, por algum motivo, descontentavam as lideranças.

No total, foram identificados 39 suspeitos de crimes que fazem parte das associações.

Fonte
G1 RS
Agro Dália

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