
Delegações de Israel e do grupo Hamas deram início nesta segunda-feira (6), no Egito, a negociações indiretas para um possível acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. As tratativas seguem um plano proposto pelos Estados Unidos e ocorrem sob mediação egípcia, na cidade de Sharm el‑Sheikh.
Proposta sobre a mesa
As negociações buscam um entendimento com base em um plano que prevê:
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Estabelecimento de cessar-fogo permanente
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Libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas
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Retirada gradual das tropas israelenses de Gaza
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Transferência da administração do território para uma autoridade internacional provisória
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Desmilitarização total da região
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Renúncia do Hamas ao controle político de Gaza
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Troca por presos palestinos e devolução de corpos de vítimas
Israel já manifestou apoio ao plano. O Hamas declarou que aceita libertar reféns no início da trégua e abdicar do domínio político, mas ainda não se pronunciou sobre outros pontos do acordo.
Expectativa e riscos
Apesar do avanço diplomático, há incertezas quanto à execução das medidas. A desconfiança mútua entre os lados e os detalhes ainda indefinidos geram dúvidas sobre a viabilidade da proposta.
Durante as tratativas, ataques aéreos continuam na Faixa de Gaza, elevando o clima de tensão e o risco de fracasso nas negociações.
Próximos passos
A continuidade das conversas nos próximos dias será decisiva para definir se o plano resultará em trégua duradoura ou se ficará apenas no papel. A guerra entre Israel e Hamas já ultrapassa dois anos, com milhares de mortos e um colapso humanitário na região.