O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB-SP) desistiu nesta segunda-feira (23) de ser candidato a presidente da República diante da falta de apoio do próprio partido.
Em crise dentro do ninho tucano, Doria afirmou que seu nome não era “consenso” na cúpula do PSDB. Com isso, ele abriu caminho para que o partido apoie a candidatura a presidencia da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que era a preferida dos dirigentes.
“Entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Sou um homem que respeito o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”, afirmou Doria.
O ex-governador se reuniu na manhã desta segunda com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, para debater a crise em torno da sua pré-candidatura. Apesar de ter vencido as prévias do partido, Doria enfrentava resistências internas.
Na semana passada, os presidentes do PSDB, Cidadania e MDB sinalizaram que o grupo iria defender o nome de Simone Tebet como candidata da chamada terceira via. Com isso, a cúpula do PSDB aumentou a pressão para que Doria retirasse seu nome da disputa.
“Com esse movimento, ele [Doria] demonstrou o compromisso com o Brasil. Foi capaz de fazer um movimento de entrega para oferecer a milhões de brasileiros uma alternativa que quebre essa polarização”, afirmou Bruno Araújo.
Sem Doria, partidos vão analisar nome de Tebet.