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Moraes suspende decretos de Lula e ato do Congresso sobre aumento do imposto

Ministro do STF determina audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo e cobra explicações de ambos sobre medidas envolvendo o IOF.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira (4) todos os decretos relacionados ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), incluindo tanto os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentaram as alíquotas quanto o decreto legislativo que os derrubou. Ele também determinou uma audiência de conciliação entre governo e Congresso no próximo dia 15 de julho, em Brasília.

A medida ocorre em meio a um embate político entre o Executivo, que defende o aumento como forma de justiça tributária, e o Legislativo, que rejeita novos aumentos de impostos sem revisão de gastos públicos.


Suspensão ampla e prazo para explicações

Com a decisão de Moraes, ficam suspensos:

• Os decretos presidenciais que aumentaram o IOF
• O decreto do Congresso que revogava os efeitos dos atos do Executivo

Além disso, o ministro deu prazo de cinco dias para que:

• O governo justifique a elevação das alíquotas
• O Congresso explique os motivos para suspender os decretos

Contexto do impasse

O aumento do IOF, anunciado em maio pela equipe econômica liderada por Fernando Haddad, foi barrado na semana passada pelo Parlamento. A decisão dos congressistas representaria uma perda de arrecadação de cerca de R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 20 bilhões em 2026, conforme estimativas do Ministério da Fazenda.

A reação do governo foi recorrer ao STF, alegando que a derrubada legislativa compromete os esforços para equilibrar o orçamento público e alcançar a meta fiscal do ano.

Com a suspensão dos decretos e a convocação para conciliação, o STF passa a mediar o impasse entre os Poderes sobre a arrecadação via IOF, tema sensível para o equilíbrio fiscal do governo federal.

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