A Polícia Federal cumpriu neste sábado (27) dez mandados de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica contra réus ligados à tentativa de golpe de Estado. A ofensiva ocorre dias após a prisão do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques.
As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito de três ações penais, atingindo integrantes de diferentes núcleos investigados por participação nos atos antidemocráticos de 2023.
Operação em múltiplos estados
A operação mobilizou efetivo em oito estados, com apoio do Exército Brasileiro para cumprimento simultâneo dos mandados:
•Sudeste: Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo
•Sul: Paraná
•Centro-Oeste: Goiás e Distrito Federal
•Norte e Nordeste: Tocantins e Bahia
Entre os alvos da nova etapa está Filipe Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As medidas fazem parte das ações penais de números 2693, 2694 e 2696, conduzidas pelo STF, que investigam a articulação e execução da tentativa de ruptura institucional no país.
Restrições e medidas cautelares
Além da prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, os réus também foram submetidos a medidas cautelares restritivas, como:
•Proibição de uso de redes sociais
•Proibição de contato com outros investigados
•Entrega imediata de passaportes
•Suspensão de documentos de porte de arma de fogo
•Proibição de receber visitas não autorizadas
A Polícia Federal não divulgou os nomes de todos os alvos, mas confirmou que a operação faz parte da repressão a envolvidos em ações contra o Estado Democrático de Direito.
