
O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, assinado por lideranças internacionais no Egito e articulado pelos Estados Unidos, entrou em vigor na última sexta-feira (10). Apesar do anúncio de trégua, o cumprimento dos termos ainda é incerto e depende de novas etapas delicadas, incluindo o desarmamento do Hamas.
Na segunda-feira (13), Israel e Hamas iniciaram a troca de reféns por prisioneiros. Vinte israelenses sequestrados pelo grupo em outubro de 2023 foram libertados. Em contrapartida, cerca de 2 mil prisioneiros palestinos foram soltos por Israel.
Impasse sobre corpos
O plano prevê a devolução de 28 corpos de reféns mortos. Até agora, apenas quatro foram entregues. O Hamas alega dificuldade em localizar os cadáveres devido à destruição provocada pelos combates.
A demora gerou o primeiro atrito público entre as partes após o acordo. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, classificou o episódio como uma “violação flagrante” e afirmou que o país responderá a qualquer descumprimento.
Próximos passos
Segundo o plano dos EUA, as próximas etapas incluem:
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Desmilitarização do Hamas, com possibilidade de anistia ou exílio para integrantes que se entregarem
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Recuo das Forças de Defesa de Israel (FDI)
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Criação de uma Força Internacional Temporária
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Formação de novo governo em Gaza, sem o Hamas
Esses pontos só devem ser discutidos após a conclusão da fase atual da trégua. Até o momento, o Hamas não confirmou se aceitará entregar as armas, o que coloca o futuro da paz em suspenso.