
O implante contraceptivo hormonal Implanon passou a ser de cobertura obrigatória pelos planos de saúde nesta segunda-feira (1º). O método, indicado para mulheres entre 18 e 49 anos, tem duração de até três anos e será incluído também no SUS ainda em 2025.
Como funciona o implante
O Implanon é uma haste flexível aplicada sob a pele do braço em um procedimento simples, realizado em consultório médico com anestesia local. Ele libera de forma contínua o hormônio etonogestrel, que impede a ovulação e evita a gravidez.
Com eficácia de 99,95%, o dispositivo é considerado o método contraceptivo mais seguro atualmente disponível, apresentando índice de falha inferior ao da vasectomia e ao do DIU hormonal.
Regras e contraindicações
O implante não deve ser utilizado por mulheres com:
-
histórico de câncer de mama
-
doença hepática grave
-
sangramento vaginal sem diagnóstico
-
alergia ao etonogestrel
Entre os efeitos adversos estão dor, inchaço ou hematomas no local da aplicação. Casos raros de infecção podem ocorrer quando há falha técnica no procedimento.
Cobertura e próximos passos
O dispositivo, que pode custar até R$ 4 mil no mercado particular, agora deve ser oferecido sem custo adicional pelas operadoras de saúde. Em caso de negativa de cobertura, a recomendação é que a paciente registre queixa junto à operadora e, se necessário, formalize denúncia à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
No setor público, o Ministério da Saúde confirmou em julho a incorporação do implante ao Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que a oferta comece ainda em 2025, ampliando o acesso ao método em todo o país.