
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi orientado por seus advogados a não comparecer ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que terá início nesta terça-feira (2). Apesar da recomendação, aliados próximos afirmam que ele ainda não descartou a possibilidade de ir ao Tribunal.
Caso queira acompanhar a sessão, Bolsonaro precisaria de autorização judicial, já que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Até a manhã desta segunda-feira (1º), nenhum pedido formal havia sido protocolado.
Julgamento no STF
O processo envolve Bolsonaro e sete aliados, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de crimes como:
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organização criminosa armada
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tentativa de golpe de Estado
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abolição violenta do Estado Democrático de Direito
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dano qualificado contra patrimônio da União
A sessão será aberta pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, seguida da apresentação do relator, ministro Alexandre de Moraes. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para expor a acusação, antes da manifestação da defesa.
O julgamento deve se estender por mais de uma semana, com sessões previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Mobilização política
Enquanto Bolsonaro avalia se comparece ao Tribunal, seus aliados intensificam convocações para atos de 7 de Setembro, defendendo pautas como o movimento “Anistia Já”. Grupos ligados à esquerda também chamam manifestações na mesma data, com palavras de ordem contra a anistia e em defesa da soberania nacional.