Um ano após ser envenenada pela nora, Zeli Teresinha relata sequelas irreversíveis
Zeli Teresinha dos Anjos foi intoxicada duas vezes por arsênio e relata perdas neurológicas permanentes

Sobrevivente do caso do bolo envenenado que matou quatro pessoas em Torres, no Litoral Norte, Zeli Teresinha dos Anjos convive com sequelas graves um ano após o crime. Segundo a polícia, ela era o principal alvo da nora, apontada como responsável por servir o alimento contaminado com arsênio na antevéspera do Natal de 2024.
Duas intoxicações por arsênio
Zeli foi intoxicada duas vezes com arsênio durante episódios distintos ligados ao mesmo núcleo familiar. Ela sobreviveu, mas relata que sua condição de saúde mudou de forma definitiva após o envenenamento.
Atualmente, a aposentada sofre de neuropatia periférica, consequência da exposição crônica à substância tóxica, que afeta o sistema nervoso.
“Fiquei com sequelas neurológicas, que afetam as mãos e as pernas, e não é nada leve. Agora não tem mais o que fazer”, relatou.
Alvo do crime
De acordo com a investigação policial, Zeli era o principal alvo da nora, Deise Moura dos Anjos, acusada de provocar a morte de quatro pessoas após servir um bolo de reis envenenado durante uma reunião familiar.
O crime ocorreu na antevéspera do Natal de 2024 e causou forte comoção no Rio Grande do Sul pela brutalidade e pelo contexto familiar.
Vida após a tragédia
Em entrevista concedida à Zero Hora, Zeli afirmou que ainda tenta compreender o que aconteceu com sua família.
“Às vezes, nem acredito que tudo isso aconteceu com a nossa família, aquela família unida. Parece que é mentira”, disse.
Ela também relatou o impacto emocional e físico contínuo desde o crime, que, além das mortes, deixou marcas permanentes nos sobreviventes.






