ColunasPágina Três

#PaginaTrês | Vamos falar de renda per capita

Marcos é o patrão do 12º Encontro Farroupilha

O tradicionalista Marcos Nunes Corrêa, 51 anos, foi escolhido patrono do 12º Encontro Farroupilha de Encantado, que será realizado de 12 a 21 de setembro no Parque João Batista Marchese. Natural de Muçum, Corrêa tem mais de 30 anos de atuação no Movimento Tradicionalista Gaúcho, com passagem pelo CTG Sentinela da Tradição e, em Encantado, pelo GAN Anita Garibaldi, onde foi patrão. Recebeu o Troféu João de Barro do MTG e ajudou a idealizar o Encontro Farroupilha no município, ao lado de Maurício Horn. Há uma década, comanda o programa “Charla de Galpão” na Rádio 97.7 FM, dedicado à música nativista. Para ele, o gauchismo é um sentimento que vai além das entidades, refletindo amor pela cultura e pelas raízes gaúchas. O evento, organizado pela Gaita Produtora e Prefeitura de Encantado, contará com apoio de entidades tradicionalistas e patrocínio de empresas locais, com incentivo da Lei Federal de Cultura.

Maurício Horn, da Gaita Produções, Marcos
Nunes Corrêa e o prefeito Jonas Calvi

Gilberto Picinini na ACIL

O presidente da Cooperativa Dália Alimentos, Gilberto Piccinini, apresentou o modelo de gestão, desafios e oportunidades da empresa durante a reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), na quarta-feira (13). Ele destacou que a gestão é baseada na proximidade com as pessoas e no compartilhamento de resultados, inspirada em experiências internacionais e estruturada de forma “parlamentarista”. A Dália reúne 2.244 famílias associadas, 2.960 colaboradores e atua em 125 municípios, com presença nacional e exportações para 20 países, faturando R$ 2 bilhões ao ano. Com parque industrial robusto, a cooperativa enfrenta o desafio da falta de mão de obra no campo e na indústria, o que limita a produção. Piccinini relembrou momentos de destaque e crise nos últimos anos — como o recorde na suinocultura em 2020 e as dificuldades causadas pela pandemia, aumento de custos e enchentes no RS. A estratégia da Dália inclui manter o abastecimento do mercado interno e ampliar exportações, reforçando a importância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social.

São Paulo

A Associação de Jovens Empreendedores do Vale (AJEV), núcleo da ACI-E, realiza desde a quarta-feira, até amanhã, sua segunda visita técnica interestadual, desta vez a São Paulo. Nove integrantes participarão de agendas no Museu da Bolsa de Valores, Associação Comercial, Farol Santander, fábricas da Cacau Show e Natura, além da Cervejaria Nacional. Segundo o coordenador Henrique Moraes, a iniciativa busca novas ideias e inspirações para o núcleo, a ACI-E e as empresas participantes. Já a moderadora Isabela Moresco destaca que a imersão favorece o networking, amplia a visão sobre gestão e inovação, e estimula reflexões sobre os negócios e o papel dos empreendedores.

Vamos falar de renda per capita

Chamou a atenção a publicação da posição geral da renda per capita de cada estado no ranking nacional, conforme IBGE, no ano de 2024. Renda per capita é calculada somando-se todos os rendimentos (como salários, aposentadorias, benefícios, lucros etc.) e dividindo pelo número total de pessoas. Serve para ter uma noção geral do nível econômico de uma população, mas não mostra as desigualdades internas — ou seja, pode haver poucos ganhando muito e muitos ganhando pouco.

Confere ai!

Região Centro-Oeste:
1º – Distrito Federal (DF) R$ 3.444
7º – Mato Grosso (MT) R$ 2.276
9º – Mato Grosso do Sul (MS) R$ 2.169
10º – Goiás (GO) R$ 2.098

Região Sudeste:
2º – São Paulo (SP) R$ 2.662
6º – Rio de Janeiro (RJ) R$ 2.482
8º – Espírito Santo (ES) R$ 2.111
11º – Minas Gerais (MG) R$ 2.001

Região Sul:
3º – Rio Grande do Sul (RS) R$ 2.608
4º – Santa Catarina (SC) R$ 2.601
5º – Paraná (PR) R$ 2.490

Região Norte:
12º – Rondônia (RO) R$ 1.777
13º – Pará (PA) R$ 1.737
15º – Amazonas (AM) R$ 1.538
16º – Amapá (AP) R$ 1.514
22º – Roraima (RR) R$ 1.344
25º – Acre (AC) R$ 1.271

Região Nordeste:
14º – Rio Grande do Norte (RN) R$ 1.616
17º – Sergipe (SE) R$ 1.473
18º – Pernambuco (PE) R$ 1.453
19º – Piauí (PI) R$ 1.401
20º – Bahia (BA) R$ 1.366
21º – Tocantins (TO) R$ 1.350
23º – Alagoas (AL) R$ 1.331
24º – Ceará (CE) R$ 1.225
26º – Maranhão (MA) R$ 1.077

Brasília destoa, óbvio!

Os números mostram um Brasil bastante desigual. Enquanto o Distrito Federal apresenta a renda per capita mais alta do país, acima de R$ 3.400, vários estados, especialmente do Norte e Nordeste, registram valores próximos ou pouco acima de R$ 1.000. Essa diferença reflete fatores como concentração de empregos mais bem remunerados, nível de industrialização, presença de serviços especializados, além de políticas públicas e infraestrutura. Regiões mais desenvolvidas economicamente concentram maiores rendas, enquanto outras enfrentam desafios estruturais que limitam o crescimento. O que vale dizer e reiterar é que a renda per capita alta nem sempre significa produtividade. O levantamento revela uma contradição que ajuda a entender parte das distorções econômicas do Brasil. O Distrito Federal, líder isolado na renda per capita, não é um polo industrial, nem comercial, muito menos agrícola — pelo contrário, produz pouco no sentido material da economia. O que impulsiona seus números é a concentração de altos salários do funcionalismo e de atividades ligadas à máquina pública. E isso não é de agora. Em 2021, por exemplo, o PIB per capita do Distrito Federal foi cerca de 2,2 vezes a média nacional. Enquanto isso, estados que efetivamente produzem riquezas — seja no campo, na indústria ou no comércio — ficam atrás no ranking, enfrentando alta carga tributária e infraestrutura deficiente. O contraste reforça um debate urgente: quanto mais recursos ficam presos na estrutura estatal, menos chegam diretamente à população que produz, investe e gera empregos.

O que impulsiona seus números é a concentração de altos salários do funcionalismo e de atividades ligadas à máquina pública.

Publicidade

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo
Fale conosco!