Canoense de 17 anos é um dos quatro brasileiros escolhidos para Olimpíada de IA na China
Ícaro Fróes foi destaque entre mais de 700 mil participantes da etapa nacional e integra equipe que representa o país em Pequim.

O estudante Ícaro Silva da Rosa Linck Fróes, de 17 anos, morador de Canoas (RS), foi selecionado para representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Inteligência Artificial (IOAI), em Pequim. Ele é um dos quatro brasileiros escolhidos entre mais de 716 mil participantes da etapa nacional.
Da curiosidade à seleção internacional
Ícaro começou a estudar programação aos 12 anos, por conta própria, e encontrou na 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA), em 2024, uma forma de aprofundar o aprendizado. O evento foi criado por iniciativa do físico Antônio Carlan, com objetivo de preparar jovens brasileiros para os desafios da IA.
“Entrei para aprender. Ser campeão foi algo surreal”, conta Ícaro, que define a experiência como transformadora.
Processo seletivo e aprendizado
A ONIA contou com quatro etapas: duas virtuais, voltadas ao letramento digital, e duas presenciais com foco em programação, uso de modelos de IA e conceitos avançados de análise de dados. A fase final ocorreu no Laboratório Nacional de Computação Científica, no Rio de Janeiro, onde está instalado o maior supercomputador da América Latina.
Representação brasileira
Além de Ícaro, integram a equipe brasileira:
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Gabriel Neves Siqueira, de São Paulo (SP)
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Miguel Cyrineu Vale, de Limeira (SP)
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Samuel Mobilia Mota, de Douradina (PR)
A IOAI é considerada o principal torneio mundial de inteligência artificial para estudantes do ensino básico, reunindo participantes de mais de 60 países. A fase online já começou, e a presencial será em agosto, em Pequim.
Visão sobre o futuro da IA
Para Ícaro, participar da Olimpíada ampliou sua visão sobre o potencial da inteligência artificial. Ele destaca que a área exige busca por conhecimento em fontes ainda escassas no Brasil, e compara o impacto da tecnologia ao surgimento do celular ou do computador.
“Mudou a história completamente, e ainda vai mudar ainda mais”, afirma.