Destaques

Supremo marca julgamento de denúncia contra Eduardo Bolsonaro

Deputado é acusado de pressionar ministros do STF com apoio de aliados nos EUA; sessão será no plenário virtual entre 21/11 e 1º/12

A Primeira Turma do STF vai julgar, entre 21 de novembro e 1º de dezembro, se aceita a denúncia contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no processo sobre a tentativa de golpe. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

Acusação envolve pressão internacional contra o STF

O deputado federal é acusado de ter articulado, junto com o blogueiro Paulo Figueiredo, uma campanha internacional de pressão contra o Supremo Tribunal Federal. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e afirma que os dois usaram contatos nos Estados Unidos para tentar “constranger a atuação jurisdicional” do STF.

De acordo com a PGR, o objetivo era influenciar a Corte a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro nos processos relacionados à chamada trama golpista.

Sessão será no plenário virtual

O caso será analisado no plenário virtual da Primeira Turma, formato em que os ministros votam remotamente, sem debates presenciais ou por videoconferência. A tendência, segundo fontes do próprio Supremo, é de recebimento unânime da denúncia.

Participam da sessão os ministros:

  • Alexandre de Moraes (relator)

  • Cristiano Zanin

  • Cármen Lúcia

  • Flávio Dino

A turma está com quatro integrantes, devido à saída de Luiz Fux, que pediu transferência de colegiado. Mesmo com um ministro a menos, os julgamentos continuam normalmente.

Eduardo está fora do país e será representado por defensor público

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos há oito meses e não constituiu advogado no processo. Por isso, será representado pela Defensoria Pública da União.

Ele foi notificado por edital, após tentativas frustradas de entrega no gabinete parlamentar e em endereço residencial em Brasília. Já Paulo Figueiredo ainda não foi formalmente intimado, pois não possui endereço no Brasil, e a notificação depende de cooperação internacional — o que levou ao desmembramento do processo.

Possível pena

Se a denúncia for aceita, uma ação penal será aberta. Em caso de condenação, Eduardo Bolsonaro poderá pegar até quatro anos de reclusão pelo crime de coação no curso do processo.

Publicidade

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo