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Operação mira servidoras suspeitas de facilitar tráfico em presídio feminino do RS

Operação Julieta II cumpre dez mandados em cinco cidades e apura organização criminosa dentro da Penitenciária Estadual Feminina

O Ministério Público do RS cumpriu dez mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira (3) em uma operação contra o tráfico de drogas e a entrada de itens ilícitos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. Entre os investigados estão uma policial penal e uma psicóloga da Polícia Penal.

Ação mira servidores públicos e organização criminosa

A Operação Julieta II, coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Rio Grande do Sul, foi deflagrada para desarticular uma organização criminosa que atuava dentro da penitenciária feminina na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada e São Leopoldo. Também houve revistas na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, com o apoio da Polícia Penal.

Servidoras públicas são alvos principais

Entre os principais alvos estão:

  • Uma policial penal, afastada do cargo desde 2024, já investigada na Operação Julieta I

  • Uma psicóloga que integra o quadro da Polícia Penal

Durante a operação, foram apreendidos um carro e uma motocicleta. Ao todo, 13 pessoas são investigadas, mas nenhuma prisão foi realizada até o momento.

Esquema era comandado por apenada de dentro da prisão

“A investigação revelou a atuação de uma organização estruturada, liderada por uma apenada que comandava o esquema de dentro da unidade prisional”, informou o MPRS. 

Conforme o Ministério Público, o grupo atuava promovendo a entrada de drogas como cocaína e maconha, celulares e outros itens proibidos, mediante corrupção de servidoras públicas. Em troca, as agentes recebiam pagamentos por dinheiro em espécie, transferências via Pix e benefícios indiretos, como:

  • Consertos de veículos

  • Pagamento de mensalidade de escola de idiomas

  • Serviços pessoais

A apenada apontada como líder do grupo movimentou mais de R$ 1 milhão com o esquema, usando familiares e terceiros para ocultar os valores, manter empresas de fachada e adquirir bens de alto valor, como veículos.

Crimes investigados

Os crimes apurados na operação incluem:

  • Tráfico de drogas

  • Associação para o tráfico

  • Corrupção ativa e passiva

  • Prevaricação

  • Favorecimento real

  • Organização criminosa

  • Lavagem de dinheiro

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