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Muçum: depois da tragédia, o recomeço

Enchente faz com que produtor tenha que reconstruir propriedade pela segunda vez em 32 anos

Muçum viveu nas últimas semanas um dos mais tristes capítulos de sua história, quando o Rio Taquari ultrapassou os 22 metros acima de seu nível normal.

As águas que invadiram residências, indústrias e estabelecimentos, e também causaram prejuízos no interior do município, onde plantações, perda de animais, pastagens e infraestrutura rural, somam um prejuízo de R$ 420 mil.

Quatro cabeças de gado desapareceram com as cheias
Quatro cabeças de gado desapareceram com as cheias

DANOS

Os setores mais afetados são a pecuária, horticultura, fruticultura e produção de grãos.

A pecuária, sozinha, registra o valor de R$ 120 mil em perdas.

O produtor Luiz Carlos Lorenzi, 56 anos, cria gado de corte há 32 anos. O morador do Bairro Fátima, conta que é a segunda vez que sua propriedade é acometida pelas águas do Rio Taquari.

– Na enchente do ano de 2001, perdi 700 toneladas de silagem. Os galpões foram destruídos – relata Lorenzi.

No dia 8 de julho deste mês, ele voltou a sofrer com as intempéries trazidas pela cheia. Desta vez, Lorenzi viu ser destruído o local onde confinava 31 cabeças de gado, dois hectares de pastagem, um galinheiro e um galpão – do qual a água levou diversos equipamentos e implementos agrícolas.

– Quatro cabeças de gado estão desaparecidas e perdi algumas galinhas. O local onde confinava o gado, era de alvenaria. Mesmo assim, foi todo destruído, tendo o piso arrancado pela força da água. A silagem, usada para alimentação do rebanho, também foi levada. Acredito que tive um prejuízo de cerca de R$ 30 mil – avalia.

A RECONSTRUÇÃO

Apesar do ano ser um dos mais difíceis já enfrentados pelo produtor, já que a estiagem no primeiro semestre do ano também ocasionou prejuízos na produção, ele pretende recomeçar, reconstruindo o que perdeu.

Segundo Lorenzi, seus danos já foram relacionados para o governo municipal.

– Espero um suporte importante dos governos. De que forma ela virá? não sei. É praticamente impossível refazer sozinho tudo que perdi – lamenta.

APOIO

De acordo com o prefeito, Lourival de Seixas, a Administração Municipal busca ajuda, através de deputados federais e assessores.

O decreto de calamidade pública foi enviado ao Governo do Estado. O Município aguarda agora a homologação do Governo Federal.

– Temos ciência dos problemas que o setor primário enfrenta. Mas, garantimos que temos muitas pessoas trabalhando em Brasília para auxiliar Muçum e, sobretudo, os moradores mais prejudicados, sejam eles da zona urbana ou rural – assegura o prefeito.
Danos causados pela enchente em Muçum
Danos causados pela enchente em Muçum

Desde a última semana a Secretaria de Obras e Viação trabalha em propriedades rurais e nas estradas interioranas, com o intuito de remover deslizamentos de terras e recuperar estradas, buscando a manutenção plena do escoamento da produção.

A Secretaria do Planejamento que, junto com a Defesa Civil, foi responsável pela elaboração do documento que decretou calamidade pública, trabalha para viabilizar programas para subsidiar insumos e facilitar as próximas plantações.

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