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Polícia

Político de São Leopoldo é preso por suspeita de estuprar duas filhas, diz polícia

Denúncias foram levadas à polícia pela companheira do suspeito. Justiça concedeu medida protetiva às adolescentes. Defesa afirma que político se declara inocente.

Foi preso preventivamente, neste sábado (24), por suspeita de estupro de vulnerável contra duas filhas um político que, até quarta-feira (21), ocupava um cargo público na Prefeitura de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Para preservar as adolescentes, o g1 e a RBS TV não vão divulgar o nome e o cargo do investigado.

Ao se apresentar à Polícia Civil, o político afirmou à RBS TV que o caso era “sensacionalismo”. O advogado David Leal, que representa o suspeito, diz que “ele se declarou inocente dos fatos imputados”.

“Estamos trabalhando para realizar a defesa do investigado, uma vez que nos pareceu bastante verdadeiro e seguro no seu depoimento. As medidas para proteção das, em tese, vítimas já foram tomadas pelo judiciário até que os fatos sejam apurados. Tudo indica ser inverídica a acusação, pois quem se dispôs a ir na delegacia fazer a ocorrência foi o investigado, assim como ele se dispôs a se apresentar na DEAM de São Leopoldo”, afirma.

Em nota, a Prefeitura de São Leopoldo disse que exonerou “o servidor apontado como autor de conduta pessoal criminosa totalmente reprovável e oposta ao posicionamento ético e às políticas públicas adotadas por este governo”. O município também afirmou que colocou órgãos sociais para atendimento às adolescentes.

Caso

 

As denúncias foram levadas à polícia pela companheira do suspeito. No boletim de ocorrência, ela afirma que descobriu os episódios de estupro após conversar com a filha mais velha, que contou sobre o que tinha sofrido. O homem inicialmente negava os relatos. No entanto, após ser confrontado pela esposa, o político teria assumido os abusos. Ao levar o caso a polícia, a mãe informou que a outra filha também relatou ter sofrido abuso do pai.

Interrogado pela polícia no dia 20 de dezembro, o político não se manifestou.

A Justiça concedeu medida protetiva às adolescentes, determinando a proibição do suspeito em manter contato e de se aproximar das filhas e dos locais onde elas vivem e frequentam. Além disso, o político deve comparecer a programas de recuperação e reeducação, fazer acompanhamento psicossocial.

A decisão judicial ainda determinou que as adolescente sejam encaminhadas para atendimento de assistência social.

Agro Dália

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