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Crianças desenvolvem burnout digital e especialistas alertam para riscos do uso excessivo de telas

Uso excessivo de telas e falta de presença emocional dos pais já provocam surtos de ansiedade e automutilação na infância

Um caso registrado no Brasil em 2023 acendeu o alerta entre profissionais de saúde: uma menina de 11 anos foi internada em uma clínica psiquiátrica após apresentar crises de ansiedade, agressividade, automutilação e insônia severa. O diagnóstico foi burnout digital, um quadro de esgotamento mental relacionado ao uso intenso de dispositivos eletrônicos.

Segundo especialistas, essa situação não é isolada. Cada vez mais, crianças entre 6 e 12 anos estão manifestando sintomas como ansiedade, impulsividade, TDAH e comportamentos autolesivos ligados ao tempo excessivo de exposição a telas. Estudos indicam que o uso diário prolongado pode provocar afinamento do córtex frontal, área do cérebro responsável por funções como linguagem e raciocínio crítico.

O alerta dos profissionais não se restringe ao aparelho em si, mas ao modo como ele é utilizado. Muitos pais acabam entregando celulares e tablets como uma forma de acalmar as crianças, sem estabelecer limites ou oferecer acompanhamento. Essa prática, chamada por alguns estudiosos de “abandono digital”, pode mascarar problemas que se agravam com o tempo.

“Criança quieta com uma tela na mão não significa tranquilidade. É preciso presença emocional e supervisão”, destaca um dos especialistas.

Pediatras e psicólogos recomendam que os responsáveis monitorem o uso de telas, criem rotinas equilibradas, incentivem atividades ao ar livre e dialoguem com os filhos sobre o conteúdo consumido. Essas ações ajudam a reduzir riscos e a promover um desenvolvimento saudável.

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