#Página Três | Associação de Moradores pede ajuda para realizar estudo geotécnico
Desde os deslizamentos ocorridos no final de abril e início de maio, a questão dos deslizamentos tem tirado o sono de muita gente: autoridades, estudiosos do solo e, especialmente, de quem construiu suas casas nos morros que entornam nosso Município. Alguns moradores do Bairro Santa Clara estiveram na Câmara de Vereadores, pois estão numa campanha para angariar fundos para contratar um estudo que diga a real situação do local, onde rachaduras ocorreram e, inclusive, uma casa foi destruída por aquele deslizamento.
Geólogo
Perguntamos ao geólogo Leandro Petry, da empresa Magma Geologia e Meio Ambiente, se há diferença entre o estudo que a Associação dos Moradores do Alto Santa Clara deseja realizar e o que a prefeitura está conduzindo. Ele afirmou que sim: “Eles pretendem aprofundar os estudos sobre os pontos de movimentos de massa que ocorreram no bairro. Esse estudo poderá nortear de forma mais precisa as ações a serem tomadas para estabilizar as massas de solo e rocha que apresentaram movimentação ou continuam com deformação ativa. Será um estudo com uma metodologia mais robusta e qualitativa, cujos dados embasarão projetos de drenagens superficiais e sistemas de estabilização direta (como muros de contenção, paliçadas, uso de geossintéticos, etc.).”
Petry também destacou que a prefeitura está empenhada em gerenciar os riscos em todo o território municipal, e não apenas no Alto Santa Clara: “Estudos mais detalhados serão conduzidos pela administração municipal e estão em fase de planejamento”, acrescentou.
Morador
Também ouvimos Rodrigo Artus, presidente da Associação de Moradores do Alto Santa Clara, que afirmou que o estudo da prefeitura não tem relação direta com o que eles buscam, embora possam utilizar a planialtimetria do estudo municipal. Ele justifica a necessidade de um estudo mais aprofundado: “Não podemos mexer no solo sem entender suas características de sondagem, como composição, rochas, limites de liquidez, plasticidade e granulometria. Queremos identificar as áreas dentro da associação que oferecem mais ou menos risco, saber onde há rocha maciça e onde há solo mais vulnerável.” Artus também ressaltou o alto risco na encosta da Fundação Laura Fontana, conforme laudo técnico: “As áreas vermelha e laranja indicam altíssimo risco de novas movimentações de massa, o que poderia obstruir mais de 100 metros da RS-129, uma área que faz parte da associação. Além disso, há mais quatro pontos de alto risco visíveis pelas fendas que se abriram. Temos, inclusive, uma indicação positiva para 50% das obras necessárias, de acordo com o programa ReconstróiRS.”
Entenda o caso
Em maio, a Prefeitura, diante de um laudo preliminar e temendo pela vida dos moradores das áreas mais atingidas, solicitou que os mesmos saíssem de suas casas. Passado o período mais crítico, apenas um morador não voltou, aquele que perdeu a casa. Os demais voltaram, cientes do risco, que o próprio presidente justifica ser alto.
Responsabilidade
Há pelo menos uma década, um laudo do Serviço Geológico do Brasil já apontava risco em algumas áreas no município de Encantado. No entanto, construções foram autorizadas mesmo assim. Os moradores agora pedem soluções rápidas diante das consequências, e o que parece mais sensato é que deve haver um ponto de equilíbrio. Enganam-se aqueles que pensam que o problema atinge apenas os moradores diretamente afetados. O problema, que nasceu lá em 2011, agora é de todos os encantadenses, lembrando que há risco em outros pontos do Município, não apenas no Alto da Santa Clara.
Renato Caminha
No dia 7 de novembro, às 19h, o Auditório do Sicredi receberá a palestra “Relação Familiar: Um Guia para Pais e Educadores”, ministrada por Renato Caminha, especialista em psicoterapia. O evento é voltado para pais, educadores e profissionais interessados em discutir as dinâmicas familiares e educacionais.
Renato Caminha é psicólogo e professor pesquisador nas áreas de emoções, conhecido por suas abordagens humanistas e práticas terapêuticas sobre a importância da comunicação e do fortalecimento de laços saudáveis no ambiente familiar.
O evento é organizado pelos formandos do Colégio Cenecista Mário Quintana, o “Terceirão”.
Hoje: ‘Dançando nossas origens’ no CTG Giuseppe Garibaldi
O CTG Giuseppe Garibaldi realiza, nesta sexta-feira, 25 de outubro, mais uma etapa do projeto “Dançando Nossas Origens III”, na sede da entidade. O evento, que inclui apresentações da Invernada Adulta e do grupo musical, será seguido de um jantar por adesão.
Esta será a quarta apresentação do projeto em 2024, iniciado em 2022, e que cresce a cada ano com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura e patrocinadores locais. A ocasião marca a pré-estreia das pilchas e do tema que o CTG levará ao Enart 2024, com a Invernada Adulta se preparando para a grande final em novembro.