Acusado de tentar matar Trump rejeita advogado e assume defesa em julgamento
Ryan Routh, que se declara inocente, representará a si mesmo após juiz limitar pedidos considerados caóticos

Ryan Wesley Routh, acusado de tentativa de assassinato de Donald Trump em 2024, decidiu prescindir da defesa pública e fará sua própria defesa no tribunal federal da Flórida; juiz Aileen Cannon vetou pedidos inusitados para evitar “caos calculado”.
O julgamento de Ryan Wesley Routh começou nesta segunda‑feira (8 de setembro de 2025) em Fort Pierce, Flórida. Ele enfrenta cinco acusações federais, incluindo tentativa de assassinato de um candidato presidencial. Routh se declarou inocente e optou por representar-se, após dispensar seus defensores públicos, que permanecerão como “advogados reserva”.
Decisão de autodefesa
Ao justificar a escolha de dispensar os advogados, Routh declarou que não fazia sentido “ter um estranho falando por mim” e que “é melhor eu caminhar sozinho”. A juíza Aileen Cannon autorizou a autodefesa, mas impôs restrições para evitar tumultos durante o julgamento.
Limites impostos pela Justiça
Entre os vetos determinados pela juíza, estão pedidos inusitados feitos por Routh, como desafiar Trump para confrontos físicos ou partidas de golfe com regras próprias. Também foram negadas testemunhas que, segundo a magistrada, poderiam contribuir para um ambiente de “caos calculado”.
Contexto dos fatos
A acusação sustenta que, em 15 de setembro de 2024, Routh se ocultou em arbustos com um rifle SKS próximo ao sexto green do Trump International Golf Club, em West Palm Beach, e foi visto por um agente do Serviço Secreto antes de qualquer disparo. Routh tem antecedentes criminais, incluindo condenações anteriores por porte ilegal de armas e crimes contra a polícia.
Expectativa para o julgamento
A seleção do júri teve início hoje. A previsão é de que o julgamento dure cerca de quatro semanas, com depoimentos e argumentos previstos para começar na quinta‑feira.