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Caso do bolo envenenado: documentário revela detalhes do crime que chocou o RS

Tragédia aconteceu na véspera do Natal de 2024 e deixou três mortos em Torres; suspeita foi presa, mas morreu na cadeia

Um documentário especial da RBS TV, lançado na primeira edição do RBS.DOC, traz novos detalhes sobre o Caso do Bolo Envenenado, crime que chocou o Brasil e deixou três mortos e três hospitalizados na cidade de Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, em dezembro de 2024.

O crime

Na véspera de Natal, uma família se reuniu para celebrar a data com um bolo de reis. O que deveria ser um momento de confraternização terminou em tragédia: três pessoas morreram e outras três foram hospitalizadas após ingerirem o bolo, que continha arsênio, um veneno altamente letal.

A principal sobrevivente da tragédia, Zeli Teresinha Silva dos Anjos, perdeu duas irmãs, Neuza e Maida, e a sobrinha, Tatiana.

“A gente comeu um pedacinho do bolo e, em poucos minutos, começou a passar mal. Foi muito rápido”, relatou Zeli.

Investigação e descoberta do envenenamento

Inicialmente, a polícia investigava uma possível intoxicação alimentar, mas exames toxicológicos revelaram a presença de arsênio nos corpos das vítimas. O caso se tornou ainda mais macabro quando o corpo de Paulo Luiz dos Anjos, marido de Zeli, morto em setembro de 2024, foi exumado e também apresentou altas concentrações do veneno.

A investigação apontou Deise Moura dos Anjos, nora de Zeli, como a principal suspeita. A mulher foi presa preventivamente no dia 6 de janeiro de 2025.

Linha do tempo dos crimes

  • 21 de agosto de 2024: Deise recebe a primeira encomenda de arsênio.

  • Fim de agosto: Visita os sogros e leva leite em pó e bananas contaminadas. Zeli e Paulo passam mal e são hospitalizados.

  • 3 de setembro: Paulo morre.

  • 16 de novembro: Deise retorna à casa da sogra e contamina a farinha.

  • 16 de dezembro: Recebe nova encomenda de arsênio.

  • 23 de dezembro: O bolo envenenado é servido no encontro da família.

Prisão e morte da suspeita

Deise Moura foi presa, mas antes de ser julgada, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no dia 5 de fevereiro de 2025. A defesa da suspeita alegou que a investigação ainda estava em andamento e que o caso não havia sido finalizado.

O inquérito policial, concluído no dia 21 de fevereiro, apontou Deise como responsável pelas mortes de quatro pessoas e pelas tentativas de assassinato de outras três.

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