Elissandro Spohr, réu do caso Kiss, deixa a prisão e passa a ser monitorado com tornozeleira
Réu teve a pena reduzida para 12 anos e é o primeiro dos quatro condenados a cumprir pena fora do sistema prisional

O empresário Elissandro Spohr, condenado por envolvimento no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, começou a cumprir regime aberto com uso de tornozeleira eletrônica nesta semana. A decisão judicial permite que ele deixe a penitenciária após cumprir parte da pena, que foi reduzida de 22 para 12 anos.
Primeiro réu a cumprir pena em casa
Spohr, também conhecido como Kiko, deixou a Penitenciária Estadual de Canoas nesta terça-feira (16), após a Justiça autorizar sua progressão de regime na segunda-feira (15). Segundo a Polícia Penal, ele já está sendo monitorado eletronicamente.
O empresário é o primeiro dos quatro condenados pela tragédia a iniciar o cumprimento da pena em regime aberto, que exige:
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Vínculo de trabalho comprovado
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Comparecimento regular ao Judiciário
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Uso contínuo de tornozeleira eletrônica
Penas reduzidas em agosto
Em agosto de 2025, a 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do RS decidiu reduzir as penas dos quatro condenados, mantendo a validade do julgamento anterior, mas alterando a duração das punições. As novas penas ficaram assim:
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Elissandro Spohr: de 22 anos e 6 meses para 12 anos
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Mauro Hoffmann: de 19 anos e 6 meses para 12 anos
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Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão: de 18 para 11 anos cada
O Ministério Público recorreu, tentando restabelecer as penas definidas pelo Tribunal do Júri em 2021.
Tragédia marcou o país
O incêndio na boate Kiss ocorreu em janeiro de 2013, durante apresentação de uma banda que utilizou artefatos pirotécnicos em ambiente fechado. As chamas atingiram o revestimento acústico, gerando fumaça tóxica.
A tragédia deixou 242 mortos, em sua maioria jovens, e causou comoção nacional. Muitos dos presentes tentaram escapar pelos banheiros, confundindo as saídas em meio ao pânico.
O que diz a defesa
As advogadas de Spohr afirmaram que ele está cumprindo as condições impostas pela Justiça:
“Diante do preenchimento dos requisitos legais, foi concedido o regime aberto e o livramento condicional. Elissandro deverá seguir trabalhando, comparecer periodicamente em juízo e fará uso de tornozeleira eletrônica”, disseram em nota.






