Os alunos do 5º ano da EMEF Porto Quinze iniciaram suas atividades com uma carta de apresentação, com o objetivo de dar início ao processo do projeto científico que será realizado este ano. A orientação foi da professora Lisiane Maria Chanan Christ.
Com base no trabalho, Lisiane produziu a sua carta, que foi lida em sala de aula, destacando seus sentimentos e expectativas. “Para o tema de casa, os estudantes foram desafiados a escreverem suas próprias cartas com o que estavam sentindo e já lincando a questão dos projetos científicos, ou seja, colocariam as curiosidades sobre os conhecimentos que desejam aprender no ano. O foco é o interesse de cada aluno, para que posteriormente sejam trabalhados nos projetos científicos da turma”, explica a educadora.
Na atividade, os alunos puderam praticar e produzir uma carta, trabalhando o conteúdo, o corpo e sua estrutura. Também foram levantadas as curiosidades do grupo por meio dos textos, com o objetivo de iniciar a próxima etapa que é a escolha dos temas dos projetos.
“Além de ser uma produção textual, a carta expressa quais são os meus sentimentos em cada ano, desde o frio na barriga, o nervosismo, até as expectativas que geralmente as crianças têm e nós adultos também. São nove alunos, e não é uma turma homogênea. Eu me surpreendi muito com o que nos foi apresentado. A gente teria projetos científicos para fazer durante três anos. Eles têm muitas curiosidades, então esse trabalho foi muito legal e os projetos já estão encaminhados. A carta foi o produto norteador, o maior objetivo foi colher o que eles têm curiosidade e isso foi alcançado”, comenta Lisiane.
Curiosidades dos alunos
A partir dos assuntos e curiosidades apresentados pelos estudantes, a professora irá organizar a atividade em três grandes temas. E os alunos terão que escolher subtemas para serem trabalhados dentro dos projetos. “Por exemplo, no desenvolvimento humano, surgiram curiosidades sobre anatomia, funcionamento do coração e dos olhos. Sobre o meio ambiente: a reciclagem do plástico, do papel e a origem do vidro”, diz Lisiane. “Os alunos compreenderam essa ligação e colocaram em suas cartas o que pretendem pesquisar e de que forma vão alcançar esses objetivos de aprendizagem”.
O aluno Caio Graciola Boaro, de 10 anos, revelou em sua carta o interesse pela anatomia e pelo designer de jogos. “Eu achei a atividade da carta divertida. Escrevi que gostaria de aprender anatomia, para saber como é o corpo, para desenhar ele nas proporções certinhas, já que quero ser designer de jogos. Coloquei alegria, fé, felicidade para alcançar esses objetivos. Esse ano pretendo ler mais, porque tenho bastante livros longos na minha casa. Para o projeto científico quero ir pesquisando e também posso falar um pouco com o meu dindo, que é curtidor de couro. Se não der certo para desenhista, eu vou para outro ramo, preciso de experiência. Meu pai é programador e eu me inspiro mais ou menos no meu pai e também nos vídeos da internet. Eu gostaria de aprender a desenhar e fazer comando de jogo, com uma miniempresa minha. E se der errado vou para a empresa do meu pai”, afirma Caio.
A aluna Thama Vitalus, de 10 anos, revelou na carta a vontade de ser cientista. “Eu coloquei na carta que queria muito aprender sobre Ciências e ser uma cientista, descobrir coisas novas. Também aprender sobre aqueles relógios grandes que já aparecem no noticiário, que marcam a hora que o mundo vai se autodestruir do nada. Os sentimentos que eu vou ter esse ano são fé, nunca desistir, e agora tem que estudar mais porque os cientistas estão muito grandes e tem que trabalhar muito para conseguir. Estou ansiosa pelo projeto científico, já estou treinando em casa e pesquisando para ver se eu consigo”, acrescenta.