Política

Ação que levou Collor à prisão também condena ex-secretário e aliado por corrupção e lavagem de dinheiro

Pedro Paulo Leoni Ramos e Luís Amorim cumprem penas alternativas; ex-presidente foi condenado a regime fechado

A ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello também levou à condenação de Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos e Luís Pereira Duarte de Amorim, aliados do ex-senador de Alagoas. Ambos receberam penas restritivas de direitos e não foram levados ao regime fechado.

Detalhes das condenações

  • Pedro Paulo foi condenado por corrupção passiva.

  • Luís Amorim foi absolvido de corrupção, mas condenado por lavagem de dinheiro.

Os dois começaram a cumprir penas alternativas, como limitação de finais de semana e prestação de serviços à comunidade, na última sexta-feira (25).

Ligação com Collor e esquema na BR Distribuidora

Na denúncia apresentada em 2015 pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Pedro Paulo é descrito como operador financeiro particular de Collor e Luís Amorim como seu “testa de ferro”. Ambos teriam ajudado a movimentar e ocultar valores provenientes de propinas.

A PGR apontou que Collor teria recebido mais de R$ 20 milhões em vantagens indevidas entre 2010 e 2014, em esquema envolvendo a BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras.

A investigação teve origem na Operação Bidone, uma das fases iniciais da Operação Lava Jato, após apreensão de documentos na sede de empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef.

Perfis dos condenados

  • Pedro Paulo Leoni Ramos, 65 anos, foi Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência durante o governo Collor (1990-1992) e, após o impeachment, atuou no setor privado em negócios de infraestrutura e energia.

  • Luís Amorim, 64 anos, policial militar reformado, administrava em Maceió as empresas Gazeta de Alagoas e TV Gazeta de Alagoas, usadas, segundo a acusação, para lavagem de dinheiro.

Condenação de Collor

O ex-presidente foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Lava Jato: poucos ainda cumprem pena

Atualmente, apenas Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, permanece preso em decorrência de condenações transitadas em julgado da Lava Jato. Ele cumpre pena desde agosto de 2024.

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