Palavra do Leitor

Chegou a hora da Amat | Eder Boaro

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Chegou o momento de pensarmos mais seriamente sobre a AMAT. Talvez você nunca tenha ouvido falar na Associação dos Municípios do Alto Taquari por ser uma entidade que ainda não existe, mas seu projeto já poderia ganhar consistência diante da gravidade das ameaças que nos assolam com o pedágio e dos prejuízos que, seguidamente, estouram do lado de cá do rio. A ideia desse projeto serviria para nos fazer pensar sobre nosso papel na AMVAT e o quanto servimos até hoje apenas para empurrar a carroça dos municípios beneficiados como representantes do Vale do Taquari.

É inegável que precisamos manter parcerias com Lajeado, Estrela e as demais comunidades regionais, porém  ultimamente nos tem sobrado apenas a conta para pagar e, na distribuição de verbas, destinadas para as regiões divididas pelos Coredes, do banquete nos sobram algumas migalhas. Tudo justificado pela união necessária para o vale se desenvolver, mesmo que às nossas custas. 

Vejamos a situação da praça de pedágio de Palmas que, desde sua implantação, pouco investiu em nossas rodovias, tendo como obra mais significativa a rótula de acesso a RS332, popularmente conhecida como trevo do Peteba. Nesse período, somamos prejuízos a empresas e cidadãos, dividindo a comunidade,   Se a nossa situação já estava ruim, o governo do Estado decidiu piorar para os “moradores do lado de cá do Taquari” e apresentou uma proposta que, de tão indecorosa, reforça a necessidade de termos nossa própria associação para defendermos nossos interesses. A comunidade de Palmas que antes recebia isenção das placas locais, não mais receberá o benefício.

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A RS 332, fruto de constantes acidentes e prejuízos devido ao seu mau estado de conservação, não entrará no rol das vias contempladas com melhorias e, pasmem senhores, a única obra a ser duplicada pela concessionária é a rodovia que liga Estrela a Teutônia, em um trecho que fica cinquenta quilômetros de distância do pedágio. É muito fácil para os governos argumentarem que a maioria do Vale do Taquari não está mobilizada contra as novas regras e que são poucos os municípios que se sentem prejudicados pela proposta apresentada, afinal, para a região baixa vão sobrar benefícios.

E nós? Até quando vamos aceitar esse cabresto imposto pela divisão de uma associação municipalista que tende a beneficiar só um lado? Não se trata de romper nas relações com nossos vizinhos, muito menos de criar um muro ao estilo Trump para que nos apartemos, porém precisamos ter a nossa associação, que seja representada por pessoas do alto Taquari e que possa, na busca de verbas e apresentação de propostas, falar em nome de um povo que está cansado de apenas patrocinar um desenvolvimento que estagna no entorno da BR-386…

EDER TOMAZINI BOARO, ex-vereador,  instrutor da Fundação Napoleon Hill (51 99707.0012)

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