O governo do Rio Grande do Sul decidiu que não irá destinar recursos públicos ao desfile da escola de samba Portela, do Rio de Janeiro, previsto para o Carnaval de 2026. A informação foi divulgada pelo jornal Zero Hora nesta segunda-feira (23), com base em declaração do secretário estadual de Comunicação, Caio Tomazeli.
A decisão foi tomada após o Palácio Piratini avaliar que o assunto vinha sendo politizado e distorcido por interesses externos, comprometendo qualquer possibilidade de apoio financeiro por parte do Estado.
Tema abordaria personagem folclórico do RS
A escola de samba carioca planeja levar à Marquês de Sapucaí o enredo intitulado:
“O Mistério do Príncipe do Bará — A oração do Negrinho do Pastoreio e a ressurreição de sua coroa sob o céu aberto do Rio Grande”.
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O Negrinho do Pastoreio é uma figura tradicional do folclore gaúcho, associado a temas de fé, resistência e identidade cultural no Rio Grande do Sul.
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O projeto da Portela buscava representar elementos da religiosidade afro-gaúcha e aspectos históricos ligados ao estado.
Governo alegou distorção do debate
Segundo Zero Hora, o governador Eduardo Leite avaliou que a proposta inicial, de caráter cultural, foi desviada para o campo político, perdendo o propósito original.
“Não haverá repasse de recursos estaduais à Portela”, afirmou Caio Tomazeli, ao jornal, reforçando que a promessa de transparência sobre o tema foi cumprida.
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Ainda na semana passada, o governo havia declarado que avaliava o apoio, mas sem aporte substancial.
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Com o agravamento da repercussão negativa e a polarização do debate, a decisão foi congelada e posteriormente descartada.
A definição põe fim às especulações sobre envolvimento financeiro do Estado no desfile da Portela. O Rio Grande do Sul não participará, com verbas públicas, da apresentação da escola no Carnaval carioca de 2026.
