A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado, Juliana Demarchi, deu novos índices sobre a situação do coronavírus na região em entrevista ao Redação no Ar do Grupo Independente. Segundo ela, de todas as internações do Hospital Bruno Born, 40% necessitam de UTI, com tempo de permanência de sete a nove dias, independente da faixa etária. Destes, 17% acabam por falecer.
Juliana afirma que é possível notar uma mudança no perfil das pessoas atendidas nas últimas semanas, sendo cerca de 30% indivíduos com menos de 50 anos, dos quais 48% não possuem comorbidades. “Tem se percebido na população mais jovem um agravamento importante da doença. Na população mais idosa não se percebeu um agravamento maior”, percebe ela, sobre o atual momento. “A doença, dentro dos casos idosos, tem se apresentado de uma forma diferente do que a gente vê hoje na população com menos de 50 anos”, compara.
“É uma população jovem, sem comorbidade, que está evoluindo num quadro de agravamento muito significativo, de uma forma muito rápida, necessitando de atendimento hospitalar e suporte respiratório em terapia intensiva”, analisa.
Ela acredita que a maior propagação da Covid-19 tenha se dado pela população que circulou pelo litoral, que acabou por disseminar o vírus de forma mais abrangente pelo Estado. Isso alterou comportamento da doença, que antes apresentava picos mais isolados e agora, mostra-se mais abrangente.
Juliana projeta uma redução de internações apenas daqui um mês, se conseguirmos frear a atual propagação do coronavírus.
Demarchi ainda comentou sobre a nova variante do coronavírus P1 (variante de Manaus), que possui carga viral mais alta e maior facilidade de disseminação, principalmente na população mais jovem. A variante já está sendo transmitida na Região de Porto Alegre e já foi confirmada aqui na região, nas cidades de Lajeado, Colinas e Estrela.
