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No Rio Grande do Sul, Waldez Góes garante que não faltarão recursos aos municípios afetados pelo ciclone

Em reunião com prefeitos e o governador Eduardo Leite, ministro reforçou que o Governo Federal fará repasses para atendimento à população, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de moradias e infraestrutura destruídas pelo desastre

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, garantiu que não faltarão recursos do Governo Federal para atendimento aos municípios gaúchos afetados por um ciclone extratropical. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Góes e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, estiveram no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (6), para ver de perto a situação e traçar estratégias para atendimento à população, restabelecimento de serviços essenciais e, em um segundo momento, reconstrução de moradias e infraestrutura pública destruídas pelo desastre.

A comitiva, que chegou ao Rio Grande do Sul no início da manhã, fez um sobrevoo às cidades de Muçum, Roca Sales, Encantado e Santa Teresa, que estão entre os mais afetados pelas fortes chuvas. Também houve visita a abrigos na cidade de Lajeado e uma reunião, em Caxias do Sul, com prefeitos e representantes das defesas civis municipais. O governador Eduardo Leite e o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, também participaram das atividades.

“O presidente Lula nos garantiu que não faltarão recursos para nenhum município que esteja passando ou tenha passado por qualquer desastre e isso eu reafirmo aqui, sem ter a menor dúvida”, afirmou o ministro Waldez Góes. “A gente faz um trabalho, que é colocar nossa equipe próxima às defesas civis estaduais e municipais desde o primeiro instante do desastre, pois queremos dar respostas o mais rápido possível. Vamos dar todo apoio necessário para agilizar os reconhecimentos de situação de emergência e de repasse de recursos”, completou.

Segundo o ministro Waldez Góes, neste momento, a prioridade é a assistência humanitária. “Em primeiro lugar, a determinação é salvar vidas, colocar as pessoas no alojamento, num abrigo, dar comida, dar remédio, dar colchão e dar roupa, se precisar”, apontou. “Depois tem a parte de limpar rua, praça, e nós apoiamos. Por fim, temos a parte da reconstrução, que exige um trabalho mais minucioso, temos que saber quantas casas foram destruídas e se tem alguma via destruída, por exemplo”, explicou.

O ministro Paulo Pimenta se solidarizou com a população atingida pelo desastre. “Queremos deixar a nossa solidariedade, nosso carinho a todos os familiares e amigos das mais de 30 pessoas que, lamentavelmente, perderam suas vidas. Nosso primeiro gesto é em direção a essas pessoas. Em segundo lugar, queremos agradecer todas as equipes que estão trabalhando para ajudar no restabelecimento dos municípios, alguns até de forma voluntária”, destacou.

“Nós estamos atuando desde o primeiro tempo em meio a essa situação que envolve o estado. Aqui, no início do ano, tivemos estiagem, em seguida teve o primeiro ciclone, depois o segundo ciclone e, agora, estamos enfrentando esta situação tão séria. Desde o último sábado, nossas equipes do Governo Federal estão conversando e orientando representantes dos municípios. Mas, infelizmente, o evento climático foi maior do que a gente imaginava, o que, infelizmente, tem ocorrido com frequência”, completou Pimenta.

Calamidade pública estadual

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decretou, nesta quarta-feira, estado de calamidade pública no estado, dois dias após a passagem do ciclone extratropical na Região Sul deixar vários estragos e, ao menos, 32 mortos. Leite informou que o Ministério da Defesa, por meio do Exército Brasileiro, irá enviar 180 militares ao Rio Grande do Sul para auxiliar as ações de resgate e atendimento à população, além de maquinário, como caminhões e retroescavadeiras, para limpeza urbana e restabelecimento de serviços. Leite ressaltou que também solicitou aos bancos públicos estaduais a criação de linhas de crédito específicas para a reconstrução de moradias.

Eduardo Leite destacou, ainda, a importância do apoio do Governo Federal e do trabalho integrado entre União, estados e municípios para dar mais agilidade ao atendimento à população atingida. “Precisamos estar firmes neste momento. Me conforta saber que tem tanta gente envolvida e dedicada a restabelecer a normalidade e reconstruir o que for necessário o quanto antes”, afirmou.

O casal Maristela e Lindomar da Silva, de Lajeado, teve a casa atingida pelas enchentes causadas pelo ciclone e, no momento, está em um abrigo. “Moramos no foco da enchente. Perdemos tudo dentro de casa. A água veio muito rápido, quando percebemos já estava na cintura”, contou Lindomar. “Nossa casa agora ainda está debaixo d´água, não dá nem para ver. Estamos em uma situação crítica, mas sabemos que vamos receber esse apoio, essa força da comunidade. Lajeado é rica de pessoas solidárias e com o coração bom para ajudar”, completou.

Mais ações

Equipes da Defesa Civil Nacional estão no estado desde a segunda-feira, onde apoiam as prefeituras das cidades atingidas na elaboração dos pedidos de reconhecimento de situação de emergência e de repasse de recursos para assistência humanitária e restabelecimento de serviços essenciais.

Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 70 municípios foram afetados, deixando 1.650 pessoas desabrigadas, 3.084 desalojadas e mais de 52 mil afetadas de alguma forma. Nesta quarta-feira, cinco integrantes do Grupo de Apoio ao Desastre (Gade) chegaram ao estado para auxiliar nas ações de socorro e dar suporte aos municípios.

Fonte
Governo do Estado
Agro Dália

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