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Gafanhotos colocam Argentina em alerta; países vizinhos trabalham para mitigar impactos

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina emitiu a Resolução 204/2024, declarando estado de alerta fitossanitário para lidar com a detecção precoce e controle de gafanhotos. A medida, assinada pelo presidente Pablo Cortese, visa coordenar esforços entre o governo nacional, as províncias e os produtores para mitigar os impactos da praga na natureza e na produção vegetal.

A resolução destaca a necessidade de medidas preventivas para evitar situações críticas, especialmente após a detecção da praga em várias províncias argentinas, Bolívia e Paraguai. Embora não haja enxames migratórios no momento, as condições são propícias para sua formação em breve.

O coordenador geral de Contingências e Emergências do Senasa, Héctor Medina, enfatizou que a declaração de alerta visa agir rapidamente e eficientemente para conter a praga. O sistema de vigilância do Senasa detectou um aumento da praga em regiões como Formosa, Salta, Santiago del Estero e Catamarca, além das condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento dos gafanhotos.

Em cooperação regional, o Senasag da Bolívia e o Senave do Paraguai também confirmaram a presença da praga em seus países. A coordenação de ações é essencial para implementar controles precoces e evitar a formação de enxames que possam afetar plantações e vegetação natural.

A situação foi discutida durante a última reunião do Comitê Nacional de Crise, que envolve organismos nacionais, províncias e produtores. Durante a videoconferência presidida pelo vice-presidente do Senasa, Sergio Rober, foi destacada a importância da declaração de alerta fitossanitário para facilitar ações conjuntas e a divulgação pública.

Os gafanhotos são pragas migratórias e transfronteiriças, com capacidade de dispersão de até 150 km/dia e alto impacto econômico. De acordo com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a produção sujeita a risco na Argentina atinge US$ 3,7 bilhões.

Desde 2015, houve um ressurgimento da praga na América do Sul, levando à declaração de emergências fitossanitárias em vários países, incluindo o Brasil.

Fonte
Canal Rural
Agro Dália

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