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Polícia

Leandro Boldrini é selecionado em programa de residência médica do Hospital Universitário de Santa Maria

Assessoria da instituição afirmou que ainda aguarda a confirmação da vaga

Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho Bernardo, de 11 anos, foi selecionado para o programa de residência médica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Ele se classificou para atuar na área de Cirurgia do Trauma. A vaga deveria ser confirmada até quarta-feira.

A assessoria da instituição afirmou que ainda aguarda a confirmação do candidato e que divulgará nota.

O Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) disse que não vai se manifestar, porque o processo na esfera criminal não interfere no âmbito ético.

O advogado Ezequiel Vetoretti, responsável pela defesa de Boldrini, também evitou declarações. “É assunto pessoal dele. Não me manifesto”, resumiu.

Desde outubro do ano passado Boldrini cumpre pena no Presídio Regional de Santa Maria, em regime semiaberto. Ele não está impedido de atuar na profissão, uma vez que foi absolvido em um processo disciplinar interno do Cremers. Segundo a decisão, não há provas que ele tenha receitado a medicação que resultou na morte do filho.

Boldrini já havia se candidatado a uma vaga de residência em coloproctologia, em janeiro, no mesmo hospital. Na ocasião, a oportunidade era de apenas uma vaga. O médico acabou ficando em quarto lugar.

Relembre o caso

Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, em março de 2014. Ele teve o corpo encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade vizinha de Frederico Westphalen.

No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança foram presos, suspeitos, respectivamente, de serem o mentor intelectual e a executora do crime, com a ajuda da amiga dela, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, a Polícia prendeu Evandro Wirganovicz, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o menino teve o corpo enterrado.

Em março de 2023, Leandro Boldrini foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

Preso desde 2014, ele atingiu o requisito de tempo previsto para passar do regime fechado para o semiaberto. Ele cumpriu dois quintos da pena, por isso, alcançou o direito à progressão.

Fonte
Correio do Povo
Agro Dália

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