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Família viaja pelo mundo para criar memórias visuais antes da perda de visão dos filhos

Uma doença rara, a retinose pigmentar, que causa degeneração gradual da visão e leva à cegueira, transformou a vida de uma família canadense. Os pais, Edith e Sébastian, decidiram viajar pelo mundo com seus quatro filhos para mostrar a beleza do planeta antes que eles perdessem a visão.

A família não fez uma viagem comum. Eles estavam criando memórias preciosas e significativas para seus filhos: Mia, de 12 anos, Léo, de 9, Colin, de 7, e Laurent, de 5. Mia foi a primeira a ser diagnosticada com a doença. Após o diagnóstico, os pais começaram a levá-la para explorar a natureza enquanto ela ainda podia ver as paisagens. No entanto, os médicos informaram que Colin e Laurent também eram portadores da retinose pigmentar, e a ideia da viagem começou a tomar forma.

“O especialista me disse: ‘Preencham a memória visual deles. Usem livros para eles verem o que é um elefante, uma girafa, para que tenham referências visuais quando ficarem cegos’. Aí deu o estalo: se vou mostrar as coisas nos livros, por que não mostrar na vida real? Então pensamos num jeito grandioso de mostrar a eles tudo que é bonito nesse mundo. Foi assim que a viagem começou”, conta Edith Lamay.

Em 2022, depois de todos os filhos serem diagnosticados, os pais tomaram a decisão de deixar tudo para trás por um ano e viajar pelo mundo. O objetivo era criar registros visuais que permanecessem vivos na lembrança das crianças, mesmo depois que perdessem a visão.

A família viajou por três continentes, explorando paisagens e culturas, e garantindo que cada experiência se tornasse uma memória duradoura. Durante a jornada, Laurent teve a oportunidade de realizar o sonho de voar de balão, enquanto os outros filhos também vivenciaram momentos marcantes, como Mia e Colin aproveitando a diversão nas ondas de Bali.

Edith compartilhou a filosofia por trás da viagem: “Queremos que nossos filhos aprendam que a cegueira não será um fim, mas parte do caminho. Eles levarão consigo força, resiliência e memórias que jamais desaparecerão.”

A viagem não foi apenas uma oportunidade de mostrar aos filhos a beleza do mundo, mas também uma forma de garantir que, apesar das dificuldades futuras, eles tivessem memórias visuais que pudessem levar consigo por toda a vida.

Agro Dália

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