Alzheimer: IA identifica fatores de risco com 7 anos de antecedência
Pesquisadores descobriram, com a ajuda de inteligência artificial, que algumas condições de saúde podem indicar um risco para desenvolver demência
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, utilizando inteligência artificial, identificaram diversos fatores de risco para o Alzheimer, como idade, histórico familiar, e genética, até sete anos antes do diagnóstico. As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Aging em fevereiro.
O estudo envolveu a análise de dados de mais de 5 milhões de pessoas em um banco de dados clínico, utilizando aprendizado de máquina para identificar condições associadas a pacientes diagnosticados com Alzheimer.
Foram identificados fatores de risco precoces, como pressão arterial elevada, colesterol alto e deficiência de vitamina D, tanto em homens quanto em mulheres, com uma precisão de 72% até sete anos antes do diagnóstico.
Adicionalmente, foram identificados fatores de risco específicos para cada gênero, como disfunção erétil e aumento da próstata para homens, e osteoporose para mulheres.
Estudos anteriores já haviam sugerido uma ligação entre essas condições e o Alzheimer, e este estudo fortalece essas descobertas. Outra pesquisa, publicada na revista Neurology em fevereiro, indicou que o Viagra pode prevenir o Alzheimer em homens.
A autora principal do estudo, Alice S. Tang, expressou a esperança de que essas descobertas auxiliem os médicos na identificação de potenciais fatores de risco em seus pacientes e no estabelecimento de abordagens clínicas preventivas.