Conversa tensa entre Trump e Zelensky reflete desafios nas relações EUA-Ucrânia
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Na sexta-feira, 28 de fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se encontraram na Casa Branca para discutir a continuidade do apoio dos EUA à Ucrânia no contexto do conflito com a Rússia. A reunião foi marcada por divergências significativas, culminando em um desentendimento público.
Durante o encontro, Trump expressou insatisfação com a postura de Zelensky, acusando-o de ingratidão pelo apoio militar fornecido pelos EUA, incluindo a entrega de mísseis antitanques em 2019. Esses mísseis foram considerados fundamentais para as forças ucranianas após a invasão russa iniciada em 2022.
Em resposta, Zelensky enfatizou a necessidade de garantias de segurança mais robustas por parte dos EUA, argumentando que um simples acordo de cessar-fogo seria insuficiente diante das violações anteriores cometidas pelo presidente russo, Vladimir Putin.
O encontro terminou abruptamente sem a assinatura do acordo sobre minerais de terras raras, que havia sido previamente planejado. Além disso, a coletiva de imprensa conjunta foi cancelada, e Zelensky deixou a Casa Branca sem concluir as negociações previstas.
Após o encontro, líderes de diversas nações expressaram apoio a Zelensky. Líderes do Canadá, Noruega, Lituânia, Polônia, Espanha e Moldávia condenaram as atitudes de Trump e reafirmaram compromisso com a Ucrânia. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e a presidente moldava, Maia Sandu, destacaram a importância de apoiar a Ucrânia contra a agressão russa.
Em resposta às críticas, Trump postou nas redes sociais que Zelensky não seria bem-vindo de volta aos EUA até que estivesse “pronto para a paz”. Por sua vez, Zelensky expressou gratidão pelo apoio contínuo dos EUA e reafirmou a disposição da Ucrânia em assinar o acordo sobre minerais, enfatizando a necessidade de garantias de segurança mais amplas.
A reunião evidenciou as complexas relações entre os dois países, especialmente em um momento crítico do conflito em curso. A necessidade de uma estratégia unificada e de comunicação eficaz permanece essencial para avançar em direção a uma resolução pacífica e duradoura.