O senador colombiano Miguel Uribe, 39 anos, pré-candidato à presidência nas eleições de 2026, morreu nesta segunda-feira (11), dois meses após ter sido baleado na cabeça durante um discurso de campanha em Bogotá. O ataque ocorreu em 7 de junho, no bairro Fontibón, e chocou o país.
Uribe estava internado na Fundação Santa Fé de Bogotá, onde passou por diversas cirurgias e tratamento intensivo. No último sábado (8), sofreu uma hemorragia cerebral que agravou seu estado de saúde. Ele deixa um filho pequeno e três filhas adolescentes de sua esposa, María Claudia Tarazona, que lamentou a perda nas redes sociais.
Repercussão e investigações
A vice-presidente Francia Márquez classificou a morte como “um dia triste para o país” e disse que “a democracia não se constrói com balas ou sangue, mas com respeito e diálogo”. O presidente Gustavo Petro já havia condenado o ataque na época, chamando-o de atentado contra a integridade pessoal e a democracia colombiana.
As autoridades prenderam seis suspeitos de envolvimento no crime, além de apreender um adolescente de 15 anos apontado como autor dos disparos. A investigação indica participação de um grupo dissidente da extinta guerrilha Farc.
Trajetória política e familiar
Neto do ex-presidente Julio César Turbay (1978-1982) e filho da jornalista Diana Turbay, morta por ordem de Pablo Escobar, Miguel Uribe fazia parte do partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Apesar do mesmo sobrenome, não tinham parentesco.
Crítico do atual governo, anunciou em outubro de 2024 sua candidatura para as eleições presidenciais de 2026, com a intenção de suceder Gustavo Petro.
