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Governo peruano avalia a castração química como pena para estupradores

Pedro Castillo, presidente do Peru, propôs aplicar castração química obrigatória para os estupradores de menores de idade, adolescentes e mulheres.

A iniciativa, segundo ele, surgiu depois do caso de sequestro seguido de estupro de uma menina de três anos ocorrido na cidade de Chiclayo, no norte do país. 

“Chega de tanta violência, os crimes de violência sexual contra as crianças não serão tolerados por este governo, nem ficarão impunes. A dor desta família também é nossa, fico indignado diante de tanta crueldade”, disse o líder peruano.

Castillo assinalou que a viabilidade da medida deverá ser incluída no Código Penal e que será necessária a aprovação do Congresso. 

Ele citou que em países como Rússia, Polônia, Coreia do Sul, Indonésia e Moldávia a punição já se aplica, assim como em algumas regiões dos Estados Unidos.

O caso causou indignação em todo país

Entre quinta e sexta-feira, diversas marchas de protesto ocorreram em Lima e em outras cidades peruanas para exigir justiça pela menina de três anos, que foi sequestrada e violentada por Juan Antonio Enríquez, de 48 anos.

Segundo o Ministério da Mulher, mais de 21 mil menores foram vítimas de violência sexual nos últimos quatro anos no país. Em 2021, foram registrados 6.929 casos. No Peru, os estupradores de menores de 14 anos já estão sujeitos à prisão perpétua.

A castração química consiste em administrar medicamentos que reduzem a libido e inibem o desejo sexual. É aplicada como um método de prevenção contra as agressões sexuais, e também como castigo para os que cometem crimes desta índole.

Agro Dália

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