COVID-19DestaquesEducação

Governo do RS confirma retorno obrigatório às aulas presenciais a partir de 8 de novembro

Decreto foi publicado na sexta (29). Todos os níveis de ensino, público ou privado, devem voltar às atividades presenciais, mediante normas.

Participe do Canal do Força do Vale no WhatsApp

O governo do Rio Grande do Sul publicou na sexta-feira (29) decreto que determina o retorno obrigatório às aulas presenciais na educação básica ocorrerá a partir da próximo dia 8. A medida é válida para os estudantes da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio de todas as redes de ensino — estadual, municipal e instituições privadas.

Inicialmente, a data prevista era o dia 3, mas foi alterada para que as escolas tenham tempo de se organizarem e orientarem os estudantes sobre a retomada.

Para tanto, foi definida uma série de protocolos sanitários a serem seguidos por alunos, escolas, professores e funcionários:

  • Distanciamento mínimo de 1 metro entre os estudantes. (O novo decreto possibilita que as instituições que não puderem assegurar o distanciamento mínimo devido ao tamanho do espaço físico escolar poderão adotar o sistema de revezamento dos estudantes. Para tanto, deverão assegurar a oferta do ensino remoto naqueles dias e horários em que os alunos não estiverem presencialmente na escola. As equipes gestoras destas instituições de ensino entrarão em contato com suas respectivas comunidades escolares para orientações.)
  • Uso obrigatório de máscara
  • Higienização constante das mãos
  • Ambientes ventilados

O decreto assegura a permanência no regime híbrido ou virtual aos alunos que, por razões médicas comprovadas mediante a apresentação de atestado, não possam retornar integral ou parcialmente ao regime presencial. As escolas que adotarem o revezamento de estudantes em função da necessidade de observar o distanciamento também devem oferecer o ensino remoto.

“A escola não é foco de contaminação. Ela reflete a condição da comunidade em que está inserida. Precisamos desse retorno pela questão pedagógica, cada dia é importante para os estudantes. Quanto mais tempo sem a escola, mais difícil é trazer os jovens de volta”, disse a secretária da Educação, Raquel Teixeira, há dois dias.

Quando anunciou a decisão, o governador Eduardo Leite defendeu que adiar esta volta pode estender os efeitos colaterais da falta de sociabilização entre os estudantes.

“As crianças e adolescentes não estão isolados em casa. Estão interagindo e participando da sociedade. Portanto, não adianta apenas restringir a interação deles na escola. A escola é onde muitos têm acesso à alimentação e onde o processo de aprendizagem é mais efetivo”, defendeu.

O CPERS contestou a decisão. A presidente Helenir Aguiar Schürer diz que as instituições ainda não têm condições de cumprir todos os protocolos sanitários.

“A obrigação do retorno presencial mediante o sucateamento das escolas e a falta de RH expõe estudantes, educadores, funcionários e comunidade ao iminente risco de contaminação pelo coronavírus”, criticou.

Agro Dália

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fale conosco!