O presidente Jair Bolsonaro (PL) ingressou com uma representação, nesta terça-feira (22), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a anulação dos votos de 250 mil urnas que supostamente tiveram problemas durante as eleições.
O pedido é baseado em um relatório técnico elaborado por uma auditoria do Instituto Voto Legal (IVL). A alegação é de que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nos modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 nas eleições de 2022.
A representação não pede a anulação total do pleito, mas solicita que o Ministério Público Eleitoral analise seus argumentos e que os votos que foram contabilizados nessas urnas que tiveram problemas sejam anulados.
A auditoria do PL foi iniciada em julho, por pressão do presidente Jair Bolsonaro, e tinha como objetivo inicial verificar se procedimentos de segurança e a gestão da área de tecnologia do TSE seguem as normas vigentes e as melhores práticas da área. Em setembro, um resumo de duas páginas, com as conclusões do trabalho, foi divulgado por parlamentares do partido. Apontava 24 falhas, como descumprimento de regras oficiais, tecnologias deficientes para certificação digital dos votos, risco de quebra do sigilo, além de problemas de governança.