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Meio Ambiente

Cresce a produção de hortaliças em cultivo protegido no Rio Grande do Sul

As estiagens ou chuvas extremas, provocadas pelas mudanças climáticas, têm levado os produtores de hortaliças a investirem em estufas agrícolas. O cultivo protegido é uma técnica muito utilizada por agricultores de diversas regiões do Brasil, pois é uma alternativa para enfrentar as intempéries climáticas e obter uma produção de alta qualidade.

A técnica tem crescido cada vez mais no País, com o objetivo de aumentar a produtividade e a qualidade dos vegetais. Embora ainda não existam estatísticas oficiais sobre a produção de hortaliças em ambientes protegidos no Brasil, a tendência é de crescimento, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O Brasil é o país com a maior área nesse sistema na América do Sul e já ameaça o México, que tem uma área coberta de 41 mil hectares. “Hoje, a estimativa é de que a área com cultivo protegido no Brasil já passe de 40 mil hectares”, salienta o doutor em solos e nutrição de plantas Ítalo Moraes Rocha Guedes, que é pesquisador da Embrapa Hortaliças, de Brasília (DF), um dos principais centros de pesquisa sobre o cultivo hidropônico do País.

Segundo ele, existe entre 1,5 mil e 3 mil hectares de áreas com Hidroponia, técnica que dispensa o uso do solo e as plantas recebem uma solução nutritiva e é apontada como o futuro da agricultura. São Paulo é o Estado que mais concentra esse tipo de cultivo, e o Paraná é o destaque entre os Estados do Sul, especialmente na produção de hortaliças e morangos na Região Metropolitana de Curitiba e no Oeste, com hortaliças folhosas.

“Tem havido uma expansão muito rápida no Nordeste, no Centro-Oeste, sobretudo no Mato Grosso. No Sul, ainda não sabemos ao certo, mas, com a degradação dos solos no Rio Grande do Sul com as enchentes, é possível também que haja incremento dos cultivos hidropônicos”, avalia o pesquisador.

Vantagens

O cultivo hidropônico oferece vantagens significativas em comparação com métodos tradicionais, especialmente em regiões sujeitas a condições climáticas adversas. “Com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, o plantio em campo aberto torna-se cada vez mais arriscado”, alerta Guedes.

O especialista explica que, no Brasil, as estufas agrícolas são usadas pelos produtores para cultivar hortaliças de maior valor agregado, como brotos, microverdes, tomate grape, tomate salada e pimentões coloridos, além de folhosas como alface, agrião, rúcula, salsa, cebolinha, manjericão e coentro, entre outras. As casas de vegetação também servem para o cultivo de flores.

Esse sistema de produção pode ser realizado em estufas agrícolas, túneis ou ripados, construídos com estruturas de madeira ou metálicas. As estufas são normalmente utilizadas para o cultivo de hortaliças (60%), flores (20%) e frutas e fumo (20%). “O objetivo do controle protegido é controlar parcial ou totalmente a área ao redor dos cultivares, protegendo a colheita, especialmente, de temperaturas muito altas ou baixas, tempestades e granizos”, completa o pesquisador.

Fonte
O Sul
Agro Dália

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